
Petardo, o Bruto, não tinha jeito absolutamente nenhum para conduzir. Nem carros, nem motas, nem póneis, nem nada. A mulher, Chicória, bem o incentivava a ter mais aulas de condução, mas nada parecia resultar. Petardo passava a vida a ter acidentes, a ser multado e a cumprir horas de serviço comunitário por conta dos prejuízos que causava.
Acontece que Petardo e Chicória viviam numa terra onde pontificavam as rotundas. Cada uma das rotundas tinha uma estátua religiosa - daí ser pontificada. Ele era a rotunda de São Neménio, de Santa Eufrásia, de São Floriano e outras tantas com santos mais conhecidos. A cidade, de resto, orgulhava-se de ambos; dos santos e das rotundas que eram mantidas sempre na perfeição. Mas não havia estátua que não tivesse a marca de Petardo. São Judas Tadeu, por exemplo tinha um dedo lascado, por causa de uma roda projectada do Renault. Já Santa Luzia tinha perdido uma melena de cabelo, quando foi atropelada pelo Opel e a Santíssima Trindade já só tinha o Pai e o Filho, pois o Espírito Santo ainda não tinha voltado do restauro, após o último acidente com o Peugeot.
O trauma do pobre homem já era tal, que mal vitimava mais uma estátua, desatava a correr para longe do local do acidente. Claro que a polícia acabava por apanhá-lo e 3 minutos depois lá ia ele cumprir mais uma pena. Chicória já tinha avisado que não aguentaria muito mais tempo aquele martírio, mas foi quando Petardo comprou um novo carro que a esposa lhe lançou o último aviso: se Petardo tivesse mais um acidente envolvendo rotundas e estátuas, abandoná-lo-ia. Ficou por isso famosa a sua frase, em tom de ligeira ironia:
- Fiat na Virgem e não corras!
5 comentários:
ahahahahahahah
Só tu Sarita para te lembrares de coisas assim!!!!
É lindo! Lindo, lindo é este Fiat 500. Quero um!!! Mas não há... :(
lol! coitado! vale mais dedicar-se à pesca!...
Bons Dias amiga!
Saudações Rijas
Eu cá prefiro saudações dóceis.
bem...parece-me que até senti uma palmadona nas costas!!
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