Bom fim-de-semana...sexta-feira, 1 de agosto de 2008
A. Montanha. Pariu. Um. Rato
Ou o Aníbal e o Povo.Da próxima vez não deixo o jantar a arrefecer, nem uma conversa interessante a meio. Ah, e já agora, Anibal amigo, quando o meteoro estiver em rota de colisão com a Terra, não te preocupes em avisar-nos, está bem? A gente vai achar que vais falar durante 10 minutos sobre um assunto que é tão pacífico que nem os açorianos se devem ter ralado. Não valia a pena teres interrompido as férias. Mandavas um mailzinho ou um comunicado e ia parar ao mesmo. Da próxima vez que quiseres sobressaltar os portugueses, diz-lhes que a crise acabou.
Irra, não é à toa que chamam a esta, a silly season.
portugueses...
queridas amigas:
férias!!!iiuuuuppiiiiiiiiiii!
beijinhos.
comentadores:
vou ali, já venho.
até já.
imbecis:
v-o-u d-e f-é-r-i-a-s.
:///$}
lol...
:))))#€
lol...lol...lol...
;»@£
lol...
jokas marafadérrimas...abracinhos verde alface...xixi...
serapilheirinhas ternurérrimas...cocó...geladinhos na testazinha...
5 estrelas, pá...5 estrelas...lolololol...
pronto!
isto sim, é um comunicado ao alcance de todos!
obrigadíssima.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Ora Bem...
À medida que as horas passam, a angústia aumenta. O que irá acontecer ao nosso país? Vamos vender os Açores aos americanos (assim em Setembro vou passar férias ao estrangeiro)? O Presidente está doente? Vamos passar a ser todos espanhóis? Enfim... como hoje não é dia para divagações de natureza idiotico-parvas, publico um texto do economista João César das Neves publicado no DN.
PORTUGAL FEZ TUDO ERRADO, MAS CORREU TUDO BEM.
Esta é a conclusão de um relatório internacional recente sobre o desenvolvimento português. Havia até agora no mundo países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Mas acabou de ser criada uma nova categoria: os países que não deveriam ser desenvolvidos. Trata-se de regiões que fizeram tudo o que podiam para estragar o seu processo de desenvolvimento e... falharam.
Hoje são países industrializados e modernos, mas por engano. Segundo a fundação europeia que criou esta nova classificação, no estudo a que o DN teve acesso, este grupo de países especiais é muito pequeno. Alias, tem mesmo um só elemento: Portugal.
A Fundação Richard Zwentzerg (FRZ), iniciou há uns meses um grande trabalho sobre a estratégia económica de longo prazo. Tomando a evolução global da segunda metade do século XX, os cientistas da FRZ procuraram isolar as razões que motivavam os grandes falhanços no progresso. O estudo, naturalmente, pensava centrar-se nos países em decadência. Mas, para grande surpresa dos investigadores, os mais altos índices de aselhice económica foram detectados em Portugal, um dos países que tinha também uma das mais elevadas dinâmicas de progresso.
Desconcertados, acabam de publicar, à margem da cimeira de Lisboa, os seus resultados num pequeno relatório bem eloquente, intitulado: "O País Que Não Devia Ser Desenvolvido"
O Sucesso Inesperado dos Incríveis Erros Económicos Portugueses.
Num primeiro capítulo, o relatório documenta o notável comportamento da economia portuguesa no último meio século. De 1950 a 2000, o nosso produto aumentou quase nove vezes, com uma taxa de crescimento anual sustentada de 4,5 por cento durante os longos 50 anos. Esse crescimento aproximou-nos decisivamente do nível dos países ricos. Em 1950, o produto de Portugal tinha uma posição a cerca de 35 por cento do valor médio das regiões desenvolvidas. Hoje ultrapassa o dobro desse nível, estando acima dos 70 por cento, apesar do forte crescimento que essas economias também registaram no período. Na generalidade dos outros indicadores de bem-estar, a evolução portuguesa foi também notável.
Temos mais médicos por habitante que muitos países ricos. A mortalidade infantil caiu de quase 90 por mil, em 1960, para menos de sete por mil agora. A taxa de analfabetismo reduziu-se de 40 por cento em 1950 para dez por cento.
Esta é a conclusão de um relatório internacional recente sobre o desenvolvimento português. Havia até agora no mundo países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Mas acabou de ser criada uma nova categoria: os países que não deveriam ser desenvolvidos. Trata-se de regiões que fizeram tudo o que podiam para estragar o seu processo de desenvolvimento e... falharam.
Hoje são países industrializados e modernos, mas por engano. Segundo a fundação europeia que criou esta nova classificação, no estudo a que o DN teve acesso, este grupo de países especiais é muito pequeno. Alias, tem mesmo um só elemento: Portugal.
A Fundação Richard Zwentzerg (FRZ), iniciou há uns meses um grande trabalho sobre a estratégia económica de longo prazo. Tomando a evolução global da segunda metade do século XX, os cientistas da FRZ procuraram isolar as razões que motivavam os grandes falhanços no progresso. O estudo, naturalmente, pensava centrar-se nos países em decadência. Mas, para grande surpresa dos investigadores, os mais altos índices de aselhice económica foram detectados em Portugal, um dos países que tinha também uma das mais elevadas dinâmicas de progresso.
Desconcertados, acabam de publicar, à margem da cimeira de Lisboa, os seus resultados num pequeno relatório bem eloquente, intitulado: "O País Que Não Devia Ser Desenvolvido"
O Sucesso Inesperado dos Incríveis Erros Económicos Portugueses.
Num primeiro capítulo, o relatório documenta o notável comportamento da economia portuguesa no último meio século. De 1950 a 2000, o nosso produto aumentou quase nove vezes, com uma taxa de crescimento anual sustentada de 4,5 por cento durante os longos 50 anos. Esse crescimento aproximou-nos decisivamente do nível dos países ricos. Em 1950, o produto de Portugal tinha uma posição a cerca de 35 por cento do valor médio das regiões desenvolvidas. Hoje ultrapassa o dobro desse nível, estando acima dos 70 por cento, apesar do forte crescimento que essas economias também registaram no período. Na generalidade dos outros indicadores de bem-estar, a evolução portuguesa foi também notável.
Temos mais médicos por habitante que muitos países ricos. A mortalidade infantil caiu de quase 90 por mil, em 1960, para menos de sete por mil agora. A taxa de analfabetismo reduziu-se de 40 por cento em 1950 para dez por cento.
Actualmente a esperança de vida ao nascer dos portugueses aumentou 18 anos no mesmo período. O relatório refere que esta evolução é uma das mais impressionantes, sustentadas e sólidas do século XX. Ela só foi ultrapassada por um punhado de países que, para mais, estão agora alguns deles em graves dificuldades no Extremo Oriente. Portugal, pelo contrário, é membro activo e empenhado da União Europeia, com grande estabilidade democrática e solidez institucional. Segundo a FRZ, o nosso país tem um dos processos de
desenvolvimento mais bem sucedidos no mundo actual.
Mas, quando se olha para a estratégia económica portuguesa, tudo parece ser ao contrário do que deveria ser. Segundo a Fundação, Portugal, com as políticas e orientações que seguiu nas últimas décadas, deveria agora estar na miséria. O nosso país não pode ser desenvolvido. Quais são os factores que, segundo os especialistas, criam um desenvolvimento equilibrado e saudável? Um dos mais importantes é, sem dúvida, a educação.
Ora Portugal tem, segundo o relatório, um sistema educativo horrível e que tem piorado com o tempo. O nível de formação dos portugueses é ridículo quando comparado com qualquer outro país sério. As crianças portuguesas revelam níveis de conhecimentos semelhantes às de países miseráveis. Há falta gritante de quadros qualificados. É evidente que, com educação como esta, Portugal não pode ter tido o desenvolvimento que teve. Um outro elemento muito referido nas análises é a liberdade económica e a estabilidade institucional. Portugal tem, tradicionalmente, um dos sectores públicos mais paternalista, interventor e instável do mundo, segundo a FRZ. Desde o "condicionamento industrial" salazarista às negociações com grupos económicos actuais, as empresas portuguesas vivem num clima de intensa discricionariedade, manipulação, burocracia e clientelismo. O sistema fiscal português é injusto, paralisante e
está em crescimento explosivo. A regulamentação económica é arbitrária, omnipresente e bloqueante.
É óbvio que, com autoridades económicas deste calibre, diz o relatório, o crescimento português tinha de estar irremediavelmente condenado desde o início. O estudo da Fundação continua o rol de aselhices, deficiências e incapacidades da nossa economia. Da falta de sentido de mercado dos empresários e gestores à reduzida integração externa das empresas; da paralisia do sistema judicial à inoperância financeira; do sistema arcaico de distribuição à ausência de investigação em tecnologias. Em todos estes casos, e em muitos
outros, a conclusão óbvia é sempre a mesma:
Portugal não pode ser um país em forte desenvolvimento. Os cientistas da Fundação não escondem a sua perplexidade. Citando as próprias palavras do texto:
"Como conseguiu Portugal, no meio de tanta asneira, tolice e desperdício, um tal nível de desenvolvimento?"
A resposta, simples, é que ninguém sabe.
Há anos que os intelectuais portugueses têm dito que o País está a ir por mau caminho. E estão carregados de razão. Só que, todos os anos, o País cresce mais um bocadinho. A única explicação adiantada pelo texto, mas que não é satisfatória, é a incrível capacidade de improvisação, engenho e "desenrascanço" do povo português. No meio de condições que, para qualquer outra sociedade, criariam o desastre, os portugueses conseguem desembrulhar-se de forma incrível e inexplicável.
O texto termina dizendo: "O que este povo não faria se tivesse uma estratégia certa?"
desenvolvimento mais bem sucedidos no mundo actual.
Mas, quando se olha para a estratégia económica portuguesa, tudo parece ser ao contrário do que deveria ser. Segundo a Fundação, Portugal, com as políticas e orientações que seguiu nas últimas décadas, deveria agora estar na miséria. O nosso país não pode ser desenvolvido. Quais são os factores que, segundo os especialistas, criam um desenvolvimento equilibrado e saudável? Um dos mais importantes é, sem dúvida, a educação.
Ora Portugal tem, segundo o relatório, um sistema educativo horrível e que tem piorado com o tempo. O nível de formação dos portugueses é ridículo quando comparado com qualquer outro país sério. As crianças portuguesas revelam níveis de conhecimentos semelhantes às de países miseráveis. Há falta gritante de quadros qualificados. É evidente que, com educação como esta, Portugal não pode ter tido o desenvolvimento que teve. Um outro elemento muito referido nas análises é a liberdade económica e a estabilidade institucional. Portugal tem, tradicionalmente, um dos sectores públicos mais paternalista, interventor e instável do mundo, segundo a FRZ. Desde o "condicionamento industrial" salazarista às negociações com grupos económicos actuais, as empresas portuguesas vivem num clima de intensa discricionariedade, manipulação, burocracia e clientelismo. O sistema fiscal português é injusto, paralisante e
está em crescimento explosivo. A regulamentação económica é arbitrária, omnipresente e bloqueante.
É óbvio que, com autoridades económicas deste calibre, diz o relatório, o crescimento português tinha de estar irremediavelmente condenado desde o início. O estudo da Fundação continua o rol de aselhices, deficiências e incapacidades da nossa economia. Da falta de sentido de mercado dos empresários e gestores à reduzida integração externa das empresas; da paralisia do sistema judicial à inoperância financeira; do sistema arcaico de distribuição à ausência de investigação em tecnologias. Em todos estes casos, e em muitos
outros, a conclusão óbvia é sempre a mesma:
Portugal não pode ser um país em forte desenvolvimento. Os cientistas da Fundação não escondem a sua perplexidade. Citando as próprias palavras do texto:
"Como conseguiu Portugal, no meio de tanta asneira, tolice e desperdício, um tal nível de desenvolvimento?"
A resposta, simples, é que ninguém sabe.
Há anos que os intelectuais portugueses têm dito que o País está a ir por mau caminho. E estão carregados de razão. Só que, todos os anos, o País cresce mais um bocadinho. A única explicação adiantada pelo texto, mas que não é satisfatória, é a incrível capacidade de improvisação, engenho e "desenrascanço" do povo português. No meio de condições que, para qualquer outra sociedade, criariam o desastre, os portugueses conseguem desembrulhar-se de forma incrível e inexplicável.
O texto termina dizendo: "O que este povo não faria se tivesse uma estratégia certa?"
Notícia de última hora!
Cavaco Silva vai fazer um comunicado ao país, hoje (amanhã) às 20h 00 em directo do Palácio de Belém para todo o país, através das TV's, rádios, etc.
Segundo o seu porta voz, que não esclareceu qual o assunto da declaração, apenas um comunicado de grande importância faria o Presidente da Républica interromper as suas férias e utilizar a televisão para falar ao país. Uma iniciativa inédita desde que ocupa o cargo de Presidente da Républica.
Aceitam-se apostas sobre o teor do comunicado.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
PDI (II)
Resolvi escrever este post em solidariedade com a nossa Lu.
Hoje fui buscar os exames que fiz há duas semanas atrás. O check up habitual (mas pouco).
Análises e Raio X incluídos.
Confesso que estas coisas me deixam sempre um pouco ansiosa. Mesmo que nos sintamos bem... sei lá... há sempre um friozinho no estômago. Vejo tantas coisas à minha volta.
Por acaso ia acompanhada, o que me facilitou a abretura dos envelopes.
1ª folha: tudo em ordem (daquilo que consigo perceber).
2ª folha: tudo em ordem.
Chegada a 3ª folha... tcha tcha tcham... lá estava ele. O colesterol alto!
Ah pois é Lu... já tens quem te faça companhia na dieta! Não me parece nada de muito grave... mas pelo sim pelo não... o jantar hoje já foi uma espetada de perú e uns legumes grelhados :) Por acaso até estava bastante agradável. É só preciso ter um bocadinho de imaginação e havemos de dar a volta à dieta. E como a Miu diz e muito bem: se nos portarmos bem, de vez em quando podemos cometer uma loucura. Aqui fica um link para uma lista dos alimentos recomendados, a consumir com moderação ou a evitar.
As boas notícias são que não tenho tubercolose, nem sida e que apesar dos para cima de 20 cigarros por dia, o Raio X ao tórax mostra a coisa de boa saúde.
Já a coluna vai de mal a pior... o que tinha no L5, já vai ao L4 também... e é qualquer coisa como: Anterolistese de L4 / L5 com provável lise istmica. Seja lá o que isto fôr... uma vez que nem na net encontrei grande referência a tal coisa.
Aguardemos a apreciação médica em breve :)
Fundo da Alma
Há uma coisa engraçada acerca da escrita. Quando se lê mais tarde o que se escreveu, pode dar lugar a grandes revelações. Epifânias. Tomadas de consciência. Ou profunda perca de tempo. Aconteceu-me há dias com a lista do supermercado.Sou uma pessoa organizada, admito. A organização é para mim quase uma arte. A minha lista de supermercado é profundamente epifânica... revela (ou assim pensava eu) muito sobre mim. E que melhor lugar que um blog para expor ao mundo a minha lista de supermercado?
Há gente que gosta de expor a sua vida íntima, outros que preferem dedicar-se à filosofia, poesia, engate e à troca de receitas culinárias - arte que ando a ver se repudio enquanto a tensão arterial não regressar da estratosfera. Mas eu não, eu cá gosto de expor a minha lista de supermercado! É de resto por isso que participo neste blog. Aqui descubro se preciso de agriões, ou se tenho que comprar cotonetes ou arroz agulha ou pastilhas 4 em 1 para a máquina da louça. E pasta de dentes branqueadora. E lenços de papel para o carro. Não imaginavam, pois não? É uma espécie de terapia...
Estou nestas considerações quando me apercebo da quantidade de items que tenho que eliminar da dita lista. Adeus Manchego, adeus bolachinhas Lu, adeus fois-gras de ganso! Foi uma revelação que nenhum terapeuta credenciado poderia antever!
Imaginam agora a indignação que senti? Pensar que há pessoas que são capazes de escrever sobre tudo o que lhes passa pela cabeça e não reparam que acabou o papel higiénico!?
Posto isto, a partir de hoje, em protesto pelas coisas ocas que se escrevem por aí, vou privar-vos da minha lista de supermercado. E se isso me custa... oh, céus!
terça-feira, 29 de julho de 2008
???
medo!!!
muito medo, mesmo!!!
eu diria antes, pânico!!
...por outro lado...tenho de confessar que é criativo comó caraças!
p.s.-desculpem lá, vocês que costumam frequentar este blog, mas este texto refere-se a mim...e a vida é mesmo assim!:)
http://rocket-slavetotherhythm.blogspot.com/
segunda-feira, 28 de julho de 2008
dia p
olá
hoje estou a estrear as minhas prada.
hoje já discuti com um polícia.
poças, pá...será que é hoje, pedro??...
Diário de Uma Vida Saudável
Dizer que a minha vida perdeu o sal é uma redundância tal que até rima. Mas há falta de sal e outros condimentos igualmente sedutores, há que abraçar esta causa da vida saudável com unhas e dentes. Se isto soa a falso é porque é. Que se lixe a saladinha com uma ervilha e meio tomatinho cherry (nada a ver com a nossa querida Cherry)!Mas tal como no conto de Dickens, quando começamos a fazer ginástica depois de largos - largos mesmo - anos de inactividade, volta-nos o fantasma da pizza, da coca-cola, do cigarro e da batata frita passada. Ainda assim, quem inventou esta coisa da vida saudável, com certeza tem o palato estragado. Há lá coisa melhor que um belo repasto, em boa companhia e sem preocupações calóricas?
Mas pronto, antes desistir das iguarias do que esticar o manjerico com um ataque cardíaco. E portanto cá estou eu... nem 1 grama mais magra, mas ainda a respirar!
O pior mesmo são os comprimidinhos milagrosos para controlar a tensão arterial, que me deixaram knock-out durante o fim-de-semana. Passei o tempo a dormir. Só acordava para comer uma tostazinha integral e pouco mais. Hoje continuo tipo zombie, mas consegui chegar ao trabalho. Se soubesse que isto dava esta moca toda, tinha poupado imenso dinheiro em erva marroquina! E quem sabe se hoje escusava de me preocupar com a tensão.
Ok, estou sem humor absolutamente nenhum, portanto fico-me por aqui. Está quase na hora de ir comer um bróculo com meio lombo de peixe cozido...
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