O Efeito Bruni

A França seria um lugar muito mais agradável não fosse pelos franceses. É bem certo que da cabeça de gente francesa têm saído boas ideias, mas o povo é antipático, arrogante e mal-humorado. Mas o sítio é bonito e a Torre Eiffel enquanto paisagem consegue ser um bocadinho mais simpática que o Aterro Sanitário da Baixa da Banheira.

Mas tal como na Revolução, é bem capaz de vir de França uma nova ordem mundial, mais que não seja pelo calçado.

Já toda a gente percebeu que a Carla Bruni é uns centímetros mais alta que o Nicolas Sarkozy, tal como é a Katie Holmes em relação ao Tom Cruise, a Nicole Kidman em relação ao Keith Urban e a Marisa Cruz em relação ao João Pinto. Mas e daí? Porque é que estará estabelecido que as mulheres têm que ser mais baixas que os homens? O que é feito do provérbio que assume que os homens não se medem aos palmos? Ou que não é o tamanho que interessa?

A Bruni resolveu o seu problema usando uns saltinhos rasos que, para além de serem mais confortáveis, dão menos joanetes, mas se me perguntarem se são mais elegantes, a minha categórica resposta será: NÃO!

Eu, se fosse, digamos, um distinto chefe de Estado, eleito pela maioria do meu povo, tendo desposado uma tipa que assim à distância é gira todos os dias, creio que teria mais no que pensar do que se ela apareceria ou não mais alta que eu nas fotografias.

Mas enfim, bem podemos ter telemóveis do tamanho de ervilhas e missões espaciais a Marte que os homens vão continuar a achar que as piquenas devem ser maneirinhas e pequeninas para poderem ser levadas debaixo do braço para casa. E se calhar também há muita menina que não gosta de ser vista de braço dado com um tipo mais baixo. Não sei, mas nunca ninguém ouviu a mulher do Nelson Ned reclamar...