bode expiatório

já escrevi sobre esta questão há uns tempos, noutro blog.

mas resolvi reforçá-la por achar que, quase todas as pessoas que me rodeiam, sofrem deste mal.

o assunto é simples e acho que a questão, pertinente...

porque é que será que, grande parte da humanidade culpa os outros, quando alguma coisa não corre como estávamos à espera?

simplificando...

quando uma relação não corre bem, a culpa é do outro.

quando alguém ganha mais que nós, a culpa é das chefias.

quando escolhem outra pessoa em nosso detrimento, a culpa é dessa pessoa.

etc, etc...

eu digo:

quando uma relação não corre bem, a culpa é minha que não percebi que a pessoa com quem me envolvi era uma besta.

quando alguém ganha mais que eu, a besta sou eu que não me valorizei o suficiente.

quando outra pessoa, que não eu, é escolhida para fazer algo que me compete a mim, essa pessoa foi certamente mais esperta que eu...mesmo que se trate de esperteza saloia.

resumindo:

o acto de aspergir as culpas, é uma questão de sobrevivência.

mas é uma sobrevivência imediata, instantânea que nada tem a ver com auto-estima.

muito pelo contrário: se, em constante, não nos achamos responsáveis pelo que nos vai acontecendo pela vida fora, isso não significará que nos damos pouca importância?...

fica a questão.