As Alegrias da Administração

Se há carreira para a qual não há universidade que forme é a de Administradora de Condomínio. E não estou a falar de balanços nem balancetes. Estou a falar de relações entre vizinhos.

Este ano calhou-me na rifa a Administração do Condomínio e verdade seja dita que, de todos os pesadelos urbanos possíveis, um dos que me apoquentava mais era este. Felizmente o meu prédio até tem pessoas civilizadas em maioria. E a dita administração é mais chata do que difícil. Mas... (há sempre um, né?) tinha que haver uma ovelha ranhosa. Só que esta ovelha ranhosa vem acompanhada da família. Detalhando:

Há uma jovem que mora no Apartamento A. A figura em questão é tão, mas tão amarga que impressiona. O vinagre ao pé dela é recheio de éclair (daqueles bons da Bénard). Se a terra Passivo-Agressiva existisse, a moradora do Apartamento A seria a sua presidente!

No Apartamento C mora a mãezinha da jovem do Apartamento A, cuja herança genética não falhou. Na Passivo-Agressiva Land, a mamã seria Rainha! Claro que isto seria impossível, porque onde há presidente não há rei, mas adiante, creio que já todos percebemos o nível de agrura que corre nas veias desta gente.

O grande problema aqui é que eu não me dou bem com gente amarga. Como é que vou levar o mandato até ao fim sem me apetecer pregar um soquete nas bochechas rechonchudas quer da mãe, quer da filha?

Se alguém tiver dicas, agradecia. Ah, já tentei o Yoga e não resulta.