Mar

é, sem dúvida a força da natureza que mais me tira as forças, que me relaxa até ao mais pequeno e insignificante músculo do corpo, (sim, há outras maneiras de o fazer...mas bullshit! não há homem que me atraia tanto como o Mar!) que nunca me faz desistir de lhe fazer frente mesmo reconhecendo a fraqueza do meu corpo perante a sua força, que me bate mas nunca me abate, que leva para longe as energias escuras, que, por outro lado, não me deixa relaxar um milésimo de segundo que seja sob pena de acabar comigo, que embate contra mim como nunca ninguém ousou fazer, que não tem em consideração os meus sentimentos, a minha posição, a minha pessoa.
quando vem acorda, quando vai leva um bocadinho de mim deixando-me ainda mais forte.
quando regressa volta a enrolar-se no corpo e puxa...(anda. vem.)
para onde?...nããã...eu fico aqui. mas quero que voltes a pedir-me para ir. outra vez. e outra. e outra. e outra. e outra. até eu querer.
quando for para ir, irei contigo.
mas agora não. agora quero continuar com os pés cravados na areia a fazer-te frente.
podes vir com toda a força do mundo, que eu daqui não saio.
mas vem. volta a enrolar-te em mim.
eu sei que também gostas.